Era um festival de bandas underground, eu queria me jogar, como sempre quis. Como ainda faço, só as vezes. Eram duas ou três amigas, uma roupa ridícula, uma maquiagem pesada, e uma noite.
Eu me apoiei e sentei na divisa que dava pras mesas do camarote, e olhei pra trás, o vi, ele me chamou atenção.
Era uma calça justa, uma t-shirt do Placebo, rímel roxo no cabelo e maquiagem mais forte que a minha. Parecia familiar, ele chamava a atenção de todos. Cheguei a comentar com as amigas que o conhecia de vista. Mas na verdade era a primeira vez que nos cruzamos.
Tempo depois, encostou-se num pilar. Todos ao redor cheiravam álcool. Nos apresentamos. Falou seu nome dobrando a língua, Ferrrnando.
Eu não gostava de Avril, nem de Iron Maiden. Ele sentia-se excluído, me lembro das palavras:
- Eles me deixaram aqui, plantado.
Eu o senti, estranhamente. Era apenas uma atração estranha. Nada carnal. Eu o queria, ao meu lado, mais vezes, e naquele momento também.
Eu me excedi, tempo depois. Fiz mais do que podia, e isso talvez tenha o feito não gostar [mais] de mim. Mas pouco me importei. Eu só queria me jogar.
Todos bebiam. Ele saiu e comprou bananas e maçãs no supermercado. Eu me surpreendia ao passar da noite.
E tudo acaba, subimos a rampa nos despedindo. Ele entrou no carro, pegou o volante. Pegou os garotos.
Eu entrei no carro. A garota me pegou.
A noite acabou. Mas eu nunca esqueci seu nome, Fernando.
To be continued...
[texto escrito para Fernando Albertin]
B.
Maravilhoso conto!
ResponderExcluirBeijos Brizita!
sorte desse fernando hein rsrsrsrsrs
ResponderExcluiradoreeeei Brï *----------* (Tô lendo teu blog aqui no Senai. haha)
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