fevereiro 26, 2011

Gasoil

Bom mesmo que a viagem tenha sido longa, e cansativa. Olhar em seus olhos depois de tanto tempo e esperar as palavras resolverem sair, por vontade própria, me mostra que você mudou, mas eu não.
E nenhum tremor do ônibus se compararia com o quanto eu tremi. Aproximações são difíceis.
Durante essa semana tenho me sentido menor. Eu tenho enxergado pessoas andando, caminhando para o mesmo caminho, com seus objetivos diferentes. Eu paro. Eu sou aquela que não tem mais vontade de continuar. E você não está como eu, isso dói. Pois eu sei que uma hora eu vou me perder, e parada, todos que estão hoje atrás, passarão na frente. Contra o vento, e contra todos, você caminha. Que estrada é essa? Pra onde ela nos leva, a não ser um grande lago de pessoas que não sabem nadar.
Eu não quero ser deixada pra trás, mas caminhar pra mim parece tão difícil... Por que as coisas são tão padronizadas? Eu não quero ir por esse caminho, mas dizem que essa é a vida.
Eu desisto de tentar te abraçar.
Decidir passar a vida vendo filmes.
Não descobri a utilidade de deslizar zípers.




B.

fevereiro 15, 2011

Sobre cativar II

Consegui. A liberdade que senti se compara a uma bexiga, que depois que tão cheia (de ansiedade) estoura feliz! Livre!
Eu me achava simpática, super sociável, aberta, e totalmente desinibida. Então, obviamente, me surpreendi negativamente comigo mesma ao demorar oito dias para fazer a pergunta mais comum e fácil que existe: Qual é o seu nome?
Certo que eu resolvi ir pela estratégia de afirmação e cobrança. Disse exatamente que ainda não sabia seu nome. Se ele fosse aquilo que eu imaginava, se sairia bem nesse capítulo. E se saiu! Não só disse seu nome, como perguntou o meu (e disse que era 'bonitinho'), apertou minha mão, e apresentou seus amigos também. Ganhei meu dia!
Vocês não sabem o que um sorriso e uma voz sincera são capazes de fazer com uma pessoa desesperada, como eu estava antes.
Meu conselho: não temam o primeiro passo. Não se decepcionem com si mesmo ao perder a coragem. E não desistam.
Agora tudo o que quero é tempo pra conquistar outras coisas além de um nome. O nome dele eu já sei.

Esperem por mais notícias sobre a eterna busca de cativar. Cativá-lo.



B.

fevereiro 10, 2011

Sobre cativar

Primeiro pensar duas vezes antes de escrever algo que possa magoar algum leitor. Depois, ver que ser delicada assim nunca me valeu a pena. Hoje escrevo na cara, mesmo. Leia quem ler, meu objetivo é ser sempre sincera, doa quem doer.
Primeiro dia, subitamente ele me chamou a atenção, era óbvio. Ele era a pessoa mais diferente entre umas cinquenta. Segundo dia, eu o vi e arrisquei sorrisos e comprimentos. Terceiro dia não o vi e senti sua falta. Quarto dia trocamos olhares.
Nada nele é muito bom, me entendem? Não é uma pessoa atraente pelo seu físico, nem mesmo pelas roupas que, hoje em dia, é sinônimo de beleza física (ou não) pra mim. Eu realmente procuro saber o que nele me faz sentir com tanta vontade de chegar perto.
Então, me considerei uma pessoa totalmente azarada. Algo nele não fez mais sentido. Algo que, talvez seja uma opção, talvez não. Não teve culpa, de certo, ele jamais saberia que um dia, uma garota como eu pudesse se distanciar pela sua opção.
Eu, como uma pseudo-otimista, ainda tenho esperanças de que minhas fontes estejam erradas. Afinal, só preciso de mim. Vou fazer tudo sozinha. Esperem então, por novidades.
Não, leitores, não estou apaixonada.
Isto é um texto sobre cativar alguém, e não se preocupem.
Sou totalmente responsável por aquilo que cativo.



B.