dezembro 25, 2012

E o vento levou

Essa não é uma história de amor, mas costuma parecer.
Aquela noite quente era o início de tudo. Dia 1 de Janeiro, e então era uma vez...
Shots de Jagermeister enquanto as meninas gritavam e riam contando suas histórias obscenas. Ela entrou no quarto e sentou próxima a mim segurando um copo cheio de vinho. Alguma voz nos apresentou por obrigação e a deixou no quarto como se fosse um despacho. E então, eu sorri entediada. Esse foi um início, junto ao resto de um reveillon falho e solitário numa hard house party.
 Nunca entendi porque eu desprezei uma figura de amizade feminina ao longo da minha vida. Estar ao lado de mulheres sempre me pareceu enjoativo demais para quem gosta de viver tão rapidamente. Estranhamente algo naquela noite insuportável de ano novo nasceria, e me faria mudar de ideia sobre coisas banais do cotidiano.
Tudo o que eu precisaria nos meses que estariam por vir, era ela. Um compartilhamento, uma troca de interesses, um amor verdadeiro e fiel, algo que chamam de amizade. De todos os acontecimentos importantes do ano, ela participaria de quase todos, e participaria intensamente.
E talvez pela primeira vez eu goste e admire alguém verdadeiramente, com respeito mútuo, com desejo de que tudo fique bem, tudo dê certo, tudo continue NOSSO.
Essa é uma história inacabada, com várias outras histórias dentro, umas com finais felizes, outras não. Mas já não posso dizer que estou completamente sozinha nas páginas referentes a esse ano. Já não posso dizer isso desde o primeiro dia dele.



B.

Um comentário:

  1. "Nunca entendi porque eu desprezei uma figura de amizade feminina ao longo da minha vida. Estar ao lado de mulheres sempre me pareceu enjoativo demais para quem gosta de viver tão rapidamente."
    Adorei.-.

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