fevereiro 26, 2011

Gasoil

Bom mesmo que a viagem tenha sido longa, e cansativa. Olhar em seus olhos depois de tanto tempo e esperar as palavras resolverem sair, por vontade própria, me mostra que você mudou, mas eu não.
E nenhum tremor do ônibus se compararia com o quanto eu tremi. Aproximações são difíceis.
Durante essa semana tenho me sentido menor. Eu tenho enxergado pessoas andando, caminhando para o mesmo caminho, com seus objetivos diferentes. Eu paro. Eu sou aquela que não tem mais vontade de continuar. E você não está como eu, isso dói. Pois eu sei que uma hora eu vou me perder, e parada, todos que estão hoje atrás, passarão na frente. Contra o vento, e contra todos, você caminha. Que estrada é essa? Pra onde ela nos leva, a não ser um grande lago de pessoas que não sabem nadar.
Eu não quero ser deixada pra trás, mas caminhar pra mim parece tão difícil... Por que as coisas são tão padronizadas? Eu não quero ir por esse caminho, mas dizem que essa é a vida.
Eu desisto de tentar te abraçar.
Decidir passar a vida vendo filmes.
Não descobri a utilidade de deslizar zípers.




B.

Nenhum comentário:

Postar um comentário