tag:blogger.com,1999:blog-22067168662881291562024-03-05T21:48:36.280-08:00virgem de novoBrï Jordãohttp://www.blogger.com/profile/00514657799603572194noreply@blogger.comBlogger91125tag:blogger.com,1999:blog-2206716866288129156.post-12077310667974205732013-02-18T18:57:00.003-08:002013-03-06T12:23:43.522-08:00Triângulo<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Três horas em um trânsito caótico. Cheguei em casa correndo, tirei o que deu pra tirar de roupa, pulei na cama.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Até então nada novo, o relógio marcava 21h e os meus olhos começaram a se fechar pesados e involuntariamente. Dormi. Mas mais do que isso, sonhei. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">No sonho eu abria um bilhete, lia um poema e voltava a dormir. O bilhete ficava numa caixa preta, dentro de um armário bonito, mobília antiga, madeira. Eu desdobrava o bilhete com curiosidade e lia o poema como se não fosse eu mesma que tivesse o escrito. Depois dobrava delicadamente, apertava sobre o peito e o colocava de volta na caixinha preta, a qual tinha estampada imagens do Elvis Presley.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Acordei. Acordei suada, mais cansada do que antes e comecei a pensar naquele sonho. Pensei comigo que talvez, há pouco tempo atrás eu havia mesmo escrito um poema e guardado dentro da minha caixinha do Elvis.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Levantei, abri o armário de madeira desesperadamente, peguei a caixinha e retirei colares, brincos, anéis que cobriam um papelzinho branco dobrado. Desdobrei hesitando ler o possível poema. Era um pequeno texto. Que texto? Quando havia escrito aquilo? Com olhos vivos e curiosos, li:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
<i><span style="background-color: white; line-height: 14px; white-space: pre-wrap;">"Aqueles olhos verdes não me dizem nada. Não me contam nada novo, nem mesmo descrevem o ele pensa ou sente. E mesmo assim acredito que seja muito mais grandioso do que o que todos veem. Do que aqueles olhos verdes veem. </span></i></span><br />
<span style="background-color: white; line-height: 14px; white-space: pre-wrap;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Aqueles olhos verdes não me dizem nada, não precisam. Eu não sei e acredito que nunca saberei quem ele é."</i></span></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="background-color: white; line-height: 14px; white-space: pre-wrap;"><br /></span>
<span style="background-color: white; line-height: 14px; white-space: pre-wrap;">Eu não me lembrei. Eu não me lembrava quando havia escrito aquilo. Eu não me lembrava porquê. Mas inexplicavelmente, eu sabia que era sobre ele. </span></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="line-height: 14px; white-space: pre-wrap;">Voltei a dormir. </span></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="background-color: white; line-height: 14px; white-space: pre-wrap;"><br /></span>
<span style="background-color: white; line-height: 14px; white-space: pre-wrap;"><br /></span>
<span style="background-color: white; line-height: 14px; white-space: pre-wrap;"><br /></span>
<span style="background-color: white; line-height: 14px; white-space: pre-wrap;"><br /></span>
<span style="background-color: white; line-height: 14px; white-space: pre-wrap;"><br /></span>
<span style="background-color: white; line-height: 14px; white-space: pre-wrap;">B.</span></span>Brï Jordãohttp://www.blogger.com/profile/00514657799603572194noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2206716866288129156.post-60442450229822567952013-02-06T17:27:00.000-08:002013-02-07T10:21:46.155-08:00Um Psicopata Americano<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Era uma espécie de psicopata americano. A classe intrínseca, o tédio do mundo, a saúde arriscada pelos maços de cigarro diários e o bom gosto aplicado em tudo que poderia ter sua assinatura, fazer parte de seu mundo, eram apenas pílulas que se encaixavam em sua personalidade.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O Psicopata lançava olhares profundos, provindos de olhos castanhos transparentes, cada vez que sorria. E sorria sem frequência. Sorria sarcasticamente, sorria por gozação, sorria por sorrir muito raramente. Mas cada vez que sorria, deixava à mostra um lado pouco conhecido pela maioria. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O lado que a maioria conhecia era seu lado ácido, bravo, rude e cruel. Era assim que preferia se exibir, pois dessa forma, poderia impor. Impor, em qualquer situação, era sua arma contra o mundo. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mas o que fazia dele um psicopata não era seu comportamento social e sim pessoal. O Psicopata Americano era atraente, era intrigante, misterioso de forma excitante. Era um símbolo de sexualidade viva, vibrante. Era o fetiche das lolitas, era as aparições nos sonhos eróticos delas.</span><br />
<div class="gmail_quote">
<div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Embora casado, não era esse o real motivo pelo bloqueio de envolvimentos com outras mulheres. O Psicopata não prezava por fidelidade exatamente, por exclusividade ou quem sabe monogamia. A razão pela qual ele não se permitia relacionar-se informalmente com outras, era por poupar as mulheres da sociedade. O Psicopata não queria mais assassinatos, já havia esfaqueado suas esposas anteriores. Ele queria simplesmente viver como todas as pessoas comuns, dedicar-se ao ordinário, filosofar sobre o cotidiano e não mais causar alvoroços. Portanto, se contentava em assistir pornografia escrachada e tentava tirar algum proveito de sua imaginação, pensando em violência e sexo. Excitando-se com o mundano. </span></div>
<div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Apesar de sábio, o Psicopata não tinha conhecimento do que se passava do lado de fora de seu mundo, o que o salvava de mais problemas, afinal, a realidade era muito mais complexa e desleal do que as suposições que montava entre um cigarro e outro. Ele mal podia imaginar que seu rosto estampava notícias antigas sobre mortes polêmicas, nem mesmo que estaria presente em sonhos eróticos de lolitas fetichistas.</span></div>
<div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Regra nº 1. "What happen between us, keep between us."</span></i></div>
<div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">B.</span></div>
</div>
Brï Jordãohttp://www.blogger.com/profile/00514657799603572194noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2206716866288129156.post-87589008104721437032013-02-04T10:32:00.001-08:002013-02-05T06:06:57.658-08:00Navy<br />
A cor vermelha, que geralmente associada à atração e confiança, jamais teria esses significados provados se não fosse a cor de seus cabelos vibrantes.<br />
A atração nunca seria consumida se não fossem constantes tentativas de verbos perdidos entre tardes maçantes de trabalho.<br />
A confiança nunca seria plena se não fossem vários verbos, adjetivos, palavras soltas pela boca, ou por dedos ansiosos em teclados de madrugada, insistindo em conversas sólidas ou líquidas, ou quaisquer características provindas daquela que, prova o vermelho em seu nome, nome de espécie de insetos vermelhos.<br />
Trabalhávamos em um grande navio azul Ciano. Mas de todas as cores, eu ainda preferia o vermelho.<br />
A porta do navio nunca se abriria, o ciúmes nunca seria excitado e a delícias nunca seriam desfrutadas se não fosse uma combinação de almas, perpétuas, no mesmo ambiente de trabalho.<br />
"O trabalho é a coisa mais importante da vida", dizia o Marinheiro, não-mais-só.<br />
O que seriam das almas, perpétuas, se não o trabalho?<br />
O que seriam dos pensamentos tristes e enfurecidos, senão o trabalho?<br />
O que seria de mim, pobre pequena plebeia perdida, senão a navegante de cabelos vermelhos?<br />
A navegante era guiada pelo marinheiro, mas afirmava a todos que sua viagem não era à toa, e que não estava só de passagem. Que tinha missões, metas, objetivos e que as cumpriria com prazer e sem pudor - e, jamais, por mais de seis mil reais por mês, muito menos na Suíça.<br />
A navegante navegou entre os mares mais escuros, entre as águas mais profundas, afogou-se vezes em lágrimas, mas secou muitas delas para que seu barco não afundasse.<br />
A navegante me ajudou a remar nos dias mais difíceis, nos dias em que a comida não era suficiente para trazer força nos braços e nem mesmo outros marujos poderiam me ajudar.<br />
A navegante não era sóbrea nem hébrea, não era homem nem mulher, nem mulher, nem menina. Apenas uma alma, perpétua, cheia de vida, cheia de sangue vermelho, cheia de palavras para serem ditas em horas exatas, principalmente por sua boca, vermelha de batom.<br />
Entre todos os barcos, entre todas as águas, entre todos os mares, dentro e fora, entre tempestades e boas pescas, entre sereias e montros, entre âncoras e timões, entre um ambiente de trabalho, pedi que me ajudasse a remar, justamente, a uma bela navegante de cabelos vermelhos.<br />
E se um dia o navio naufragasse, nossas almas, perpétuas, se separariam? Não responda. Não quero ler até o fim do livro que conta a história de nossas vidas.<br />
<br />
<br />
<br />
<i><span style="color: #444444;">[Texto escrito sob inspiração e dedicado à Joana Guimarães]</span></i><br />
<br />
B.Brï Jordãohttp://www.blogger.com/profile/00514657799603572194noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2206716866288129156.post-65116460552573756102013-01-15T16:45:00.001-08:002013-01-15T16:45:04.455-08:00Da paz inabitável<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Pior que uma facada entre as suas costelas, era a tortura de sentir a faca sendo girada dentro de seu peito, se enroscando em suas veias e artérias como garfo no macarrão. Se pudesse descrever a dor que sentiria pelo resto daquele dia, faria tal comparação grotesca.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ainda se surpreendia com tantas desgraças que seus relacionamentos pessoais lhe rendiam. Tentava conversar mesmo que vagamente com seu amante, este que lhe ignorava não propositalmente... mas a frequência com que o fazia, faria qualquer um afirmar que era sim de propósito. Fora isso, tinha uma amiga muito próxima, porém tão próxima quanto ocupada. Mal podia responder as mensagens deixadas em seu celular com sua viagem interminável de trabalhos e as mil reuniões que participava assiduamente na empresa onde trabalhava. E numa última tentativa falha de se pronunciar, resolver fazer as pazes com seu possível melhor amigo apenas porque não tinha outra saída. Se não fizesse as pazes para desabafar, não teria mais com quem conversar, logo, se engasgaria com suas preocupações. Seu melhor amigo, sem escrúpulos, riu e debochou de seus problemas como se fosse Deus.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Sozinha, engoliu aquelas preocupações presas na garganta, e pôs-se a chorar entre quatro estreitas paredes de um banheiro. Conversou consigo mesma e se criticou, se questionou e por pouco não se bateu por tamanha tristeza que lhe dominara o peito. Pelo resto daquele dia.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Tentou de várias formas afastar a tristeza. Tentou distrações belas e feias. Tentou sorrisos falsos e gargalhadas sarcasticamente verdadeiras. Mas quando uma dor se instala no peito, ela toma conta de qualquer outro sentimento possível de prazer.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Observou um rosto inchado no espelho e com vergonha de si própria, repetiu ao reflexo:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- "Eu - não - aguento - mais."</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Limpou a última lágrima que escorrera em seu rosto, e voltou a trabalhar. Percebeu que ninguém ao redor advinharia seus problemas, mas também ninguém se preocuparia caso soubessem que estava tão ardentemente machucada. Não chorou mais. Pelo resto daquele dia.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">B.</span>Brï Jordãohttp://www.blogger.com/profile/00514657799603572194noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2206716866288129156.post-23917269153370531522013-01-09T10:14:00.002-08:002013-01-09T11:16:36.489-08:00Só tememos por nós mesmos<br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A palavra Medo vem do Latim Metus, que significa “inquietação, ansiedade”. Duas palavras que poderiam me definir sem hesitação.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O medo pode ser a justificativa da insônia que me visita todos os dias. Por mais camuflamado que estiver, entre preocupações, prazeres, dores, o medo é aquele responsável pelas noites de sono ruim. De pouco sono.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Quando ele me perguntou se eu tinha algum medo, eu sabia que não seria saudável despejar minha lista de temores e comentar sobre eles tão abertamente. Não acho certo dividir medos, compartilhar suas inquietudes mais íntimas. E mais: creio que todos fazem isso.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Inventa-se uma aflição qualquer, que pode variar entre insetos, como baratas, situações, como assaltos, estupros, viagens de avião, altura. Ou tentar expor que não está em condições de entregar seu coração a alguém que o estraçalhará.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O medo de tantas coisas talvez não signifique falta de coragem. Creio que sou corajosa por muitos motivos e ficaria feliz se isso fosse devidamente reconhecido em minha personalidade. Mas doenças tem a ver com personalidade? Como uma pessoa transtornada por uma síndrome escrota poderia ser considerada corajosa?</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Logo, me contento em parecer triste, indefesa, transtornada e medrosa. Contanto que nada me paralise, me contento. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mas por enquanto, não sei conversar sobre eles: os medos. Mas confesso que torço fielmente para que alguém me questione sobre um medinho que seja. Guardar também faz mal. Não encarar também faz mal. Mas ninguém questiona.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Eu prometo conviver tranquilamente com meus pavores mais profundos e evitar ao máximo que eles tornem-se aparentes. Prometo mentir: pra ele, pra vocês. Seja dizendo que não tenho medo da morte. Seja dizendo que meu único medo é de entregar meu coração a alguém que o estraçalhe.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">B.</span>Brï Jordãohttp://www.blogger.com/profile/00514657799603572194noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2206716866288129156.post-17392372336422486812012-12-25T19:10:00.002-08:002012-12-25T19:10:40.962-08:00E o vento levou<span style="font-family: Verdana,sans-serif;">Essa não é uma história de amor, mas costuma parecer.</span><br />
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;">Aquela noite quente era o início de tudo. Dia 1 de Janeiro, e então era uma vez...</span><br />
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;">Shots de Jagermeister enquanto as meninas gritavam e riam contando suas histórias obscenas. Ela entrou no quarto e sentou próxima a mim segurando um copo cheio de vinho. Alguma voz nos apresentou por obrigação e a deixou no quarto como se fosse um despacho. E então, eu sorri entediada. Esse foi um início, junto ao resto de um reveillon falho e solitário numa hard house party.</span><br />
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"> Nunca entendi porque eu desprezei uma figura de amizade feminina ao longo da minha vida. Estar ao lado de mulheres sempre me pareceu enjoativo demais para quem gosta de viver tão rapidamente. Estranhamente algo naquela noite insuportável de ano novo nasceria, e me faria mudar de ideia sobre coisas banais do cotidiano.</span><br />
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;">Tudo o que eu precisaria nos meses que estariam por vir, era ela. Um compartilhamento, uma troca de interesses, um amor verdadeiro e fiel, algo que chamam de amizade. De todos os acontecimentos importantes do ano, ela participaria de quase todos, e participaria intensamente.</span><br />
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;">E talvez pela primeira vez eu goste e admire alguém verdadeiramente, com respeito mútuo, com desejo de que tudo fique bem, tudo dê certo, tudo continue NOSSO.</span><br />
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;">Essa é uma história inacabada, com várias outras histórias dentro, umas com finais felizes, outras não. Mas já não posso dizer que estou completamente sozinha nas páginas referentes a esse ano. Já não posso dizer isso desde o primeiro dia dele. </span><br />
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;">B.</span>Brï Jordãohttp://www.blogger.com/profile/00514657799603572194noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2206716866288129156.post-25917585158085947492012-11-09T17:55:00.003-08:002012-11-09T18:00:39.415-08:00Perdida <br />
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px; margin-bottom: 3px; overflow: hidden;">
Existe algo em sua mente?</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px; margin-bottom: 3px; overflow: hidden;">
O que você tenta esconder?</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px; margin-bottom: 3px; overflow: hidden;">
Não, eu não pareço</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px; margin-bottom: 3px; overflow: hidden;">
Conseguir segurar sua atenção</div>
<br style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px;" />
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px; margin-bottom: 3px; overflow: hidden;">
Sentado em um bar</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px; margin-bottom: 3px; overflow: hidden;">
Você vai afirmar que nós somos apenas amigos</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px; margin-bottom: 3px; overflow: hidden;">
Porque não há mentiras, não haverá mentiras</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px; margin-bottom: 3px; overflow: hidden;">
Entre nós dois</div>
<br style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px;" />
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px; margin-bottom: 3px; overflow: hidden;">
O que mais eu posso dar?</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px; margin-bottom: 3px; overflow: hidden;">
O que mais eu posso dizer?</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px; margin-bottom: 3px; overflow: hidden;">
Já que eu não posso fazer você me amar de qualquer jeito</div>
<br style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px;" />
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px; margin-bottom: 3px; overflow: hidden;">
Talvez eu não seria a única</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px; margin-bottom: 3px; overflow: hidden;">
Talvez eu seja muito nova</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px; margin-bottom: 3px; overflow: hidden;">
Mas por razões que eu não posso negar</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px; margin-bottom: 3px; overflow: hidden;">
Me sinto perdida por você</div>
<br style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px;" />
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px; margin-bottom: 3px; overflow: hidden;">
Com quem você está falando?</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px; margin-bottom: 3px; overflow: hidden;">
Ela está apaixonada por você?</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px; margin-bottom: 3px; overflow: hidden;">
Eu posso ver</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px; margin-bottom: 3px; overflow: hidden;">
E eu posso sentir</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px; margin-bottom: 3px; overflow: hidden;">
Você está pensando nela novamente</div>
<br style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px;" />
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px; margin-bottom: 3px; overflow: hidden;">
O que faço com esses remédios?<br />
Por que me olha com esses olhos?</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px; margin-bottom: 3px; overflow: hidden;">
Onde está o senso</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px; margin-bottom: 3px; overflow: hidden;">
Onde está o senso</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px; margin-bottom: 3px; overflow: hidden;">
Em viver com o pretexto?</div>
<br style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px;" />
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px; margin-bottom: 3px; overflow: hidden;">
O que mais eu posso dar? </div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px; margin-bottom: 3px; overflow: hidden;">
O que mais eu posso dizer?</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px; margin-bottom: 3px; overflow: hidden;">
Já que eu não posso fazer você me amar de qualquer jeito<br />
E por razões que não posso negar<br />
Eu sou uma praga<br />
E me sinto perdida por você...<br />
<br />
<br />
<br />
B.</div>
<br style="background-color: white; color: #686868; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px;" />
<div style="background-color: white; color: #686868; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px; margin-bottom: 3px; overflow: hidden;">
<br /></div>
Brï Jordãohttp://www.blogger.com/profile/00514657799603572194noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2206716866288129156.post-44241762159283590962012-11-07T19:00:00.002-08:002012-11-07T20:20:41.390-08:00LiebEstá tudo aqui. Está na minha garganta. Está no copo de água que estou tomando. Está nos meus dedos trêmulos que digitam. Está nos meus olhos: verdes.<br />
Tudo o que tenho a dizer está comigo. Mas de que adianta se não quer me ouvir? Resolvi escrever, mas você ler-me-ia?<br />
Eu nunca neguei sentir. Um pouco que fosse ou muito que seja, eu sempre me permiti colocar-me diante dos meus monstros e enfrentá-los, dizer a eles que eu seria mais forte que meus traumas dos relacionamentos passados, e que eu não temeria a possibilidade de ter novamente um rosto machucado por agressões, algumas veias estouradas, ou um óbito a enfrentar. Eu jamais o negaria.<br />
Por que você fez isso comigo?<br />
Por que você não sentiu isso comigo?<br />
Por que não para de chover desde que você se foi?<br />
Aí, Lieb, a rotina vai ficando pesada, você não tem mais sua válvula de escape, o tempo vai passando de-va-gar, os amigos não são mais agradáveis, as festas perdem a graça.<br />
E depois de um tempo tentando decifrar os enigmas da esfinge, eu ouço vozes me chamando, ouço uma multidão pedindo ajuda. Eu estou lá, caída no meio de uma grande avenida, achando que tudo acabou, achando que estou ouvindo as últimas palavras antes de dormir. Dormir. Dormir. Eternamente dormir.<br />
Eu sei que tudo está tão perturbador. Eu sei que você já chorou muito pela nossa situação. Eu sei que você talvez esteja arrependido de ter me conhecido. "De onde você veio, Brï?". Mas você teria me conhecido de qualquer jeito, a menos que... "Me desculpe por existir".<br />
Eu estou tentando lutar para deixar essas páginas menos difíceis de serem lidas, menos ásperas, menos árduas, menos intensas.<br />
E eu ainda não te disse o que está aqui: na minha garganta, no copo de água que estou tomando, nos meus dedos trêmulos que digitam, nos meus olhos VERDES.<br />
Por que estou esperando o dia em que você queira me ouvir.<br />
<br />
E o psiquiatra que me atendeu disse quando eu estava saindo da sala: "Nada disso vale a pena."<br />
<br />
Eu deveria tê-lo respondido: "Viver não tem valido a pena."<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
B.Brï Jordãohttp://www.blogger.com/profile/00514657799603572194noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2206716866288129156.post-76718574881573783252012-10-29T22:31:00.000-07:002012-10-29T22:31:11.759-07:00Carta ao Lobo<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">São Paulo, Outubro 30, 2012.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Boa noite, Lobinho.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Aonde estiver, eu sempre que me machuco sinto vontade de te procurar. E sabe que todas as feridas acabam me lembrando você. Estou toda cortada, em todos os sentidos: eu machuquei minhas pernas e pés, fiquei um tempo olhando para o sangue indo para o ralo. Pensei em como você deve ter sujado tudo de sangue quando fez aquilo, e eu estava tão distante, e mesmo assim senti o cheiro amargo dos seus cortes molhados, eu sabia que você tinha se decidido.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Por outro lado, meu peito também está cortado. E depois de você, quantos fizeram isso comigo? Até quantos eu suportarei? Sempre que alguém acaba comigo assim, me lembro de como você se deixou acabar por mim. Eu queria tanto estar perto de você... Queria te ouvir, queria lembrar de como seu cabelo era macio, queria que pudesse me escrever cartas.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Vou te contar, eu gosto dele. Ele também gosta de mim, mas é diferente, sabe? Está doendo, estou totalmente dolorida, mas prefiro não falar isso pras pessoas, já tem gente demais preocupada comigo. Por favor, não se preocupe. Eu acho que ele vai ser meu amigo, vai cuidar de mim se eu precisar. Ele até se preocupou com minhas pernas e pés arrebentados...</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O que você acha dele? Acha que ele vai ser bom pra mim? Se você ainda estivesse aqui, seria amigo dele, ou sentiria muito ciúmes? Queria tanto que pudesse me responder.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Seja como for, eu sinto vontade de abraçá-lo como se fosse pela primeira vez. Sinto vontade de estar perto, de ler o que ele escreve, e principalmente de escrever pra ele. Talvez ele se irrite, eu falo demais, escrevo demais, choro demais. Mas sei que é porque eu gosto dele. Demais.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Aonde estiver, saiba que estou aqui, cumprindo com minhas tarefas, estudando, trabalhando, bebendo. Fazendo de tudo para suportar da melhor maneira possível.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Por favor, não me ache uma perdedora. Por enquanto eu só o perdi. Mas ele vai continuar aqui, eu prometo. Mas como meu amigo.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Sinto sua falta, todos os dias penso em você</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Me perdoe.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Sua,</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">B.</span><br />
<br />Brï Jordãohttp://www.blogger.com/profile/00514657799603572194noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2206716866288129156.post-61731308765012714682012-09-28T11:34:00.006-07:002012-09-28T11:37:02.630-07:00Eine andere<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Tens-me torturado.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Pense na lascívia.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Em enlaces fervorosos, reticências dos suspiros, juras endeusadas.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Pense em mim.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">E não me peça por controle.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">B.</span>Brï Jordãohttp://www.blogger.com/profile/00514657799603572194noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-2206716866288129156.post-92197100944348523652012-09-26T19:59:00.000-07:002012-09-26T19:59:09.896-07:00Dê um laço"Há a possibilidade de um dia a gente se ver novamente?"<div>
Tenho pensado muito nessa frase. Engana-se quem acha que falo somente de um relacionamento amoroso. Às vezes nós temos perdas que vão muito além disso.</div>
<div>
O que busco, hoje? Um pouco de paz, um bom emprego, boas notas na faculdade, um amor, e alguns doces estocados na geladeira. Ou simplesmente orgulho do que já foi traçado até aqui, de todos os tombos e pancadas que a vida deu, e dos bônus que coletei pelo caminho?</div>
<div>
Não quero me arrepender, de nada. Quero poder sorrir ao falar de mim mesma. Contar aos outros sobre os lugares que já passei, as pessoas que conheci, os homens que já dormi, e quero poder sentir uma boa nostalgia. Quero pensar na possibilidade de repetições: reatar laços.</div>
<div>
O meu laço hoje, nada mais é que uma fita longa, embaraçada. Não quero mais essa confusão, esse problema. Quero dar mais nós firmes, fazer desenhos sofisticados com essa fita, repetir técnicas.</div>
<div>
Não quero guardar rancor, não quero ainda estar magoada, não quero uma próxima vida para ter contato novamente. Quero voltar a tocar, a respirar, a sonhar com o que me marcou positivamente.</div>
<div>
Por favor, há a possibilidade de um dia a gente se ver novamente? </div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
B.</div>
Brï Jordãohttp://www.blogger.com/profile/00514657799603572194noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2206716866288129156.post-62372093939463573202012-09-12T20:48:00.003-07:002012-09-12T20:54:28.764-07:00Beérre<br />
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px; margin-bottom: 3px; overflow: hidden;">
Durante uma noite de linhas desalinhadas, diferente das linhas desenhadas em seu corpo, foi assim que congelaria seus olhares. E todos irão dizer que eu estou cega, que quando eu vi seu rosto, você borrou minha mente, mas poderíamos, você e eu, ter sorte dessa vez? </div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px; margin-bottom: 3px; overflow: hidden;">
Diga-me se você sabe que isso parece estar apaixonado pela primeira vez. Sua escolha é ir embora agora, ou nunca mais sair, pois tenho um desejo malvado, e que fique claro que meus olhos claros estão cegos, e que quando eu vi seu rosto, você borrou minha mente, mas finalmente, você e eu, teremos sorte dessa vez.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px; margin-bottom: 3px; overflow: hidden;">
</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px; margin-bottom: 3px; overflow: hidden;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px; margin-bottom: 3px; overflow: hidden;">
B.</div>
Brï Jordãohttp://www.blogger.com/profile/00514657799603572194noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2206716866288129156.post-40522528314409037592012-09-08T10:10:00.000-07:002012-09-08T10:10:01.477-07:00NuvemO dia acaba quando ele começa após uma noite na qual sonhei com você. A verdade é que pra mim, "desde que", não há nada pior.<br />
Sempre preferi não sonhar, não ir pra outro lugar, outra realidade. Mas hoje você veio me visitar, um pesadelo. Primeiro que nós estávamos juntos. Segundo que eu estava feliz. Terceiro que você só queria sexo.<br />
A vida é muito injusta, e eu não consigo lidar bem com o fato de que, além de você estar longe, alem de tudo o que me fez, eu não consigo me livrar de você. Eu já nem me lembrava, te citei, talvez, uma ou duas vezes, superficialmente, no dia anterior.<br />
Mas você insiste em aparecer. Depois de tudo que levou de mim, levar minhas noites de sono é cruel. Ocupar um espaço dentro dos meus sonhos que poderiam permanecer vazios. Ou serem ocupados por outras coisas, outras pessoas, outro amor.<br />
Não suporto ouvir sua voz, não consigo aceitar seus sorrisos, seu rosto entre o esbranquiçado cenário, como se vivesse entre uma nuvem... E por que não me deixa em paz, não me permite que te esqueça? Eu não quero mais um fantasma, e você tem sido o mais assombroso deles.<br />
Eu não quero te amar. Boa sorte. Adeus.<br />
<br />
<br />
<br />
B.Brï Jordãohttp://www.blogger.com/profile/00514657799603572194noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2206716866288129156.post-18216532938360756592012-08-25T11:16:00.002-07:002012-08-25T11:16:48.845-07:00Desde queTentava tocar a vida, mas desde que ele se foi, sentia-se tão só...Brï Jordãohttp://www.blogger.com/profile/00514657799603572194noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2206716866288129156.post-88287046216438389092012-06-25T14:21:00.000-07:002012-06-25T14:21:06.290-07:00Seque os olhosLembre-se de mim quando o nariz começar a sangrar. Apenas dezenove, sonhos obscenos com seis meses presa por um mau comportamento.<br />
Só lhe digo, que não diga que não vale a pena, desde que dei uma cambalhota sobre seu corpo, o vinho que bebíamos durante o filme, o sangue que limpamos do seu lençol.<br />
Lembre-se de mim, todos os sonhos materializados, todas as noites sem sonhos, sem dormir. Eu espero que você volte atrás, eu estou te esperando no meio do caminho. E quando tivermos dinheiro, poderemos falar que o amor não é o suficiente, mas que temos o suficiente.<br />
Lembre-se de mim, das longas viagens e dos presentes que usamos até hoje, das nossas alianças simbólicas, de todos os anéis. Lembre-se das roupas de couro, das lingeries pelo chão, e do cheio da manhã pura.<br />
Lembre-se de mim, da vida árdua que levamos, e da vontade de fugirmos, e do ódio que sentimos dos nossos pais. Lembre-se do carinho, do caminho, e do carrinho de supermercado que encheríamos para levar para nossa casa.<br />
Lembre-se de mim, das lágrimas no escuro, da minha expressão desesperada, e você dizendo... Seque os olhos. Alma gêmea, seque os olhos. Seque os olhos. Porque almas gêmeas nunca morrem.<br />
<br />
<br />
B.Brï Jordãohttp://www.blogger.com/profile/00514657799603572194noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2206716866288129156.post-45907476285371675822012-04-19T11:40:00.000-07:002012-04-19T11:40:22.553-07:00Aniversário<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Hoje é seu décimo oitavo ano.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Parabéns B., por todas suas conquistas.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Sabe tudo o que você queria, que diz respeito a solidão? Morar sozinha, almoçar sozinha, ir ao cinema e ao teatro sozinha, sentar na praça sozinha, dormir totalmente sozinha, e acordar sozinha também, fazer sexo sozinha, ser sua única e repetir que está so-zi-nha... Você conseguiu. Você procurou por tudo isso, coletou tudo isso, compatou tudo isso, e engoliu aos poucos.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Hoje você espera uma possível digestão. Compra seus próprios presentes de aniversário, escreve suas cartas e envia pro seu próprio endereço. Tenta conversar, tenta até se convencer do contrário. Finge que um cigarro é uma boa companhia para um sábado a noite, e que as músicas que você ouve preenchem o vazio que seus amigos deixaram.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Afirma que está apaixonada por si mesma, mas sabe que sente mais por aquela foto presa na porta da geladeira. A foto dele.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">E por falar em fotos, tenta se convencer de que suas fotos, na verdade, são tão completas quanto as que sua amiga fotógrafa tirava. O problema não é a imagem final, a pose, ou a luz do dia. É a situação.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Fique bem, minha mulher, B. Muita saúde para aguentar os cigarros, muito dinheiro para se vestir, muita alegria para fingir, muita paz para suprir seus choros, e muito sucesso na sua única e insubstituível vida.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Feliz aniversário.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Eu te amo.</span><br />
<br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">PS. Mas por favor, não continue sempre assim. </span><br />
<br />
<br />
<br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">B.</span>Brï Jordãohttp://www.blogger.com/profile/00514657799603572194noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2206716866288129156.post-14562665462593268742012-04-18T11:08:00.001-07:002012-04-18T11:10:38.307-07:00Seis meses depois<span style="font-family: verdana;">Repita aquela frase, que nem sempre está certa, sobre dar valor só após perder.</span><br style="font-family: verdana;"><span style="font-family: verdana;">Me explique sobre aquele clichê de sentir falta de algo que nunca teve. Isso é inevitável? </span><br style="font-family: verdana;"><span style="font-family: verdana;">Eu nunca mais olhei nos olhos dele, não sei o quanto brilham hoje. Mas suponho que não brilham.</span><br /><span style="font-family: verdana;">Volto logo,</span><br style="font-family: verdana;"><br style="font-family: verdana;"><br style="font-family: verdana;"><br style="font-family: verdana;"><span style="font-family: verdana;">B.</span>Brï Jordãohttp://www.blogger.com/profile/00514657799603572194noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2206716866288129156.post-32979829698386608102011-11-16T08:51:00.000-08:002011-11-16T09:07:44.752-08:00Sem FalaQuem me conhece sabe que falar nunca foi um problema pra mim, e sim uma solução. Eu realmente não me importo em dizer o que penso, expressar-se por meio da fala, seja por uma crítica, um elogio, ou qualquer outro <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_0">gênero</span> de expressão, tornou-se necessário quando gestos já não valiam mais que mil palavras.<br />Quando falamos movimentamos cerca de uma dúzia de músculos da laringe. O ar que sai dos pulmões percorre os brônquios e a <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_1">traqueia</span>, chegando até a laringe, os músculos se contraem regulando a passagem do ar. Os movimentos fazem as cordas vocais vibrarem e produzirem sons. Chegando a boca, o som laringiano é articulado com a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_2">ação</span> da língua, dos lábios, dos dentes, do véu palatino e do assoalho da boca.<br />A minha situação é que eu deixei de falar porque estava sendo torturada a cada <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_3">palavra</span> dita. Antes mesmo de alcançar o ar eu já lembrava que minhas <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_4">opiniões</span> repercutiriam em doses de críticas e reclamações sobre mim, a maioria delas baseada em uma palavra: Drama.<br />Eu também me acho dramática, creio que exagero muitas vezes nas demonstrações de sentimentos, talvez eu distorça a realidade, amplie tornando-a maior e mais grave do que realmente é. Mas fazer isso por mal, apenas para <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_5">atuar</span>, nunca foi intencional. Eu sentia, pensava, traduzia isso na minha mente e transformava em palavras... Isso é expressão.<br />Olhem esse blog! Tudo o que escrevo é desnecessário, são coisas que sinto e penso, é a minha expressão. E talvez seja mesmo, tudo, muito exagerado aqui. Cada palavra que digito poderia ter um tom menos agressivo, ou uma delicadeza mais acentuada. Mas seria eu a escritora? Eu acho que não.<br />E agora o que me sobrou foi uma dúvida de como agir. Se antes, falar, estava incomodando, eu me redimi, e já não falo mais. Mas me fechar aqui também não parece limpo.<br /><br /><br /><br />B.Brï Jordãohttp://www.blogger.com/profile/00514657799603572194noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2206716866288129156.post-63336219288957074762011-10-11T14:35:00.000-07:002011-10-11T14:49:49.431-07:00SemanaEstava demorando demais pra eu começar a chorar. Passei a acreditar que a ficha só <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_0">caíra</span> agora, e tentei manter a calma pois antes de morrermos, dizem-nos, há felicidade, luz e coisas boas, diferente do que sinto. Ao menos morrer, não vou. Esperar machuca mais do que cair de imediato, é um martírio.<br />Há muito tempo deixei de ouvir música por prazer, e passei a fazê-lo apenas para sobrepor a voz de dentro da minha mente. Aquela que tento me livrar e não consigo, aquela que me faz chorar e só se vai quando algo maior, <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_1">grandioso</span>, a sobrepõe... Música para meus ouvidos.<br />Mas antes tentar livrar-me da consciência, do que da fome que tenho sentido. Sem interrupções, sinto-me faminta toda hora. E quaisquer coisas que levo a boca, voltam. Nojento assim, não consigo mastigar e engolir um só alimento sólido. Há dias que tenho tomado leite, sucos, chás e nada mais.<br />Entretanto, não se preocupem. Preocupa-me coisas alheias a essas. Preocupo-me com o horário de verão, com a chuva que não para, e com a dor que não cessa- dentro de mim.<br />Pensei em relatar isso a vocês, mas eu desisti pois não há perguntas a serem respondidas. Simplesmente diriam-me o que não quero ouvir: Toda dor cessa. Toda chuva para. Toda consciência cala... E toda fome mata.<br /><br /><br /><br />B.Brï Jordãohttp://www.blogger.com/profile/00514657799603572194noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-2206716866288129156.post-18034901523554325022011-08-17T13:11:00.000-07:002011-08-17T13:32:59.635-07:00AgridoceO dia se arrastou forçando-a a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_0">refletir</span> sobre si, o que não era bom, pois dos erros cometidos, estava farta. E dos arrependimentos, idem.
<br />Sentiu-se pandora por abrir a caixa e liberar todo o mal que passou a rondar-lhe. Sentia-se insegura e triste, fracassada e sozinha.
<br />Esperou sentada em sua cadeira de balanço alguma resposta para todas as perguntas que fizera a si durante o dia arrastado. Lembrou-se carinhosamente de transeuntes que mais tarde virariam seus amigos-companheiros-fiéis.
<br />Lembrou-se especialmente do garoto de apenas um olho, aquele que ela dedicava todas as suas tortas, assadas nos fins de tarde, ou no começo das madrugadas.
<br /><span style="font-style: italic;">"<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_1">Hey</span>, <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_2">boy</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_3">with</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_4">one</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_5">eye</span>, onde está você que nunca mais me procurou, esquecera de mim?"</span>
<br />O balanço da cadeira <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_6">intensificou</span> seu sono. Olhou para os ponteiros do relógio que pareciam se movimentar devagar, levando-a a pensar que um segundo demorava demais para passar.
<br />Fechou os olhos e desejou descansar então, mas que dessa vez fosse pra sempre. Só assim encontraria a paz ao lado do <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_7">garçon</span><span id="result_box" class="short_text" lang="fr"><span class="hps"> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_8">avec</span></span> <span class="hps"><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_9">un</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_10">œil</span>.
<br />
<br />Entretanto, antes de partir para longe, tinha direito a um último desejo. Desejou responder a si mesma uma de suas perguntas, quais não a deixavam em paz. Abriu os olhos, e perguntou-se, em seguida respondeu-se:
<br />
<br />- Quando vamos dormir, e acordar sonhando?
<br />- Agora.
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />B.
<br /></span></span>Brï Jordãohttp://www.blogger.com/profile/00514657799603572194noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2206716866288129156.post-44878839913152400962011-07-28T19:21:00.000-07:002011-07-29T08:51:04.982-07:00Uma terceira língua<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjF0UpFfHfTXH6oOTk2IJDXiL4iVLM8zfD4LEh8JhOkZA0Tj2ZqF77_0dBBtoE4i9OInSM25bg0hyphenhyphencZlC_T52RIZpg_yDvZ8ZyrHPDnYA66VquaCGTMHaPoHfrbC1r3WTLxMcZYQ5mre9BL/s1600/untitled.JPG"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 214px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjF0UpFfHfTXH6oOTk2IJDXiL4iVLM8zfD4LEh8JhOkZA0Tj2ZqF77_0dBBtoE4i9OInSM25bg0hyphenhyphencZlC_T52RIZpg_yDvZ8ZyrHPDnYA66VquaCGTMHaPoHfrbC1r3WTLxMcZYQ5mre9BL/s320/untitled.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5634596973724855410" border="0" /></a><br />A vida me deu um tapa na cara.<br />Avisou-me desde o início que eu pagaria por todos os crimes cometidos. Ela me deu uma carta branca pra fazer o que quiser, contanto que eu estivesse ciente. Eu estava, juro!<br />Resolvi brincar de abrir meus olhos, e eu até cantei, me diverti mesmo, as custas de quem não merecia. Mas pensei estar caminhando segura. Eu olhava para meus pés, firmes ao chão, sorria pra vida e ela pra mim.<br /><span style="font-style: italic;">"Brincadeiras tem limite"</span>, dizia ela, começando a me assustar. Mas me deu tanto poder que eu não tinha mais onde guardá-lo. Usei de tal forma desperdiçada, que <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_0">derrepente</span>, não havia mais aquele pó brilhante em minhas mãos.<br />Resolvi viajar, e a falta do pó brilhante (que não serve para cheirar, comer, ou fumar, apenas para "gozar") começou a me <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_1">incomodar</span>. Havia algo estranho, minhas mãos e a vida estavam... Vazias.<br />Foi aí que eu apanhei dela.<br /><br />Marcas no meu rosto denunciam: A vida me deu um tapa na cara.<br />Eu fui avisada...<br /><br /><br /><br />B.Brï Jordãohttp://www.blogger.com/profile/00514657799603572194noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-2206716866288129156.post-7223478033523633042011-07-07T19:40:00.000-07:002011-07-07T19:56:03.515-07:00CésarEra um dia ruim, sem sol, no qual eu poderia ter colocado qualquer roupa que me apagasse ainda mais nas ruas vazias e feias da cidade. Mas escolhi algo que sem querer me destacaria.<br />Caminhei até o cruzamento onde cada esquina há uma loja cara de roupa, e antes de atravessar a rua, percebi que estava sendo olhada por ele. De longe ele se destacava pelo cabelo mais claro na raiz, encostado na parede aquecida de uma das lojas do cruzamento. Ele fumava um cigarro enquanto me olhava desde os pés, indiferente, reparando na minha roupa.<br />Eu resolvi entrar pelo outro lado da loja para não encará-lo, mas ao entrar, ele subiu os três degraus, localizados ao lado da parede aquecida, jogou o cigarro no chão, e entrou na loja.<br />Fiz de tudo para não olhá-lo nos olhos, e consequentemente não ter que <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_0">cumprimentá</span>-lo. Eu me perguntava o que ele estaria pensando naquele momento. Talvez<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_1"></span> ele se surpreendera comigo, afinal estou diferente da pessoa que ele conheceu na época. Ou simplesmente gostaria de sorrir pra mim.<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_2"></span><br />Eu, covarde, fiz de tudo para não virar, não olhá-lo nos olhos, e não <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_3">cumprimentá</span>-lo. Mas em uma loja <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_4">com</span> quatro paredes e nenhum corredor, seria impossível.<br />Eu olhei para o chão, coloquei as mãos dentro do bolso da jaqueta, e rapidamente desci três degraus, localizados ao lado de uma parede aquecida. E em pensamento, disse "Adeus, César."<br /><br /><br /><br />B.Brï Jordãohttp://www.blogger.com/profile/00514657799603572194noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-2206716866288129156.post-17608811416775845232011-06-09T19:02:00.000-07:002011-06-09T19:13:40.849-07:00Redespertando MedusaSão <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_0">dezenove</span> horas, acorde Medusa<br />Abra seus olhos, levante a cabeça e olhe para traz<br />Permaneça sentada, <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_1">seduze</span>-o sem seu corpo<br />Use do único <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_2">artificio</span>, o primeiro notado e mais assustador<br />Diga "verdes" Medusa. Agora diga "azuis"<br /><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_3">Umideça</span> os lábios, limpe todo o musgo<br />Sorria<br />Alise seus cabelos, esconda as cobras<br />Sorria<br />Diga tudo o que ele quer ouvir mas nunca minta<br />Apenas <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_4">seduze</span>-o<br />Despreze as <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_5">consequências</span>, atrase seu relógio<br />Tente olhar em seus olhos, mais fundo, mais fundo, mais fundo<br />Não diga adeus, e...<br />É meia-noite, durma Medusa.<br /><br /><br /><br />B.Brï Jordãohttp://www.blogger.com/profile/00514657799603572194noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2206716866288129156.post-74561581940810118992011-04-28T19:18:00.000-07:002011-04-29T10:47:57.773-07:00Maré vermelhaA vida se <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_0">maquia</span>. Finge ser longa, passar devagar, ser um <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_1">acúmulo</span> de fatos, <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_2">alí</span>, concentrados como a borra de café.<br />Enquanto isso eu finjo que acredito nela. Eu finjo sentir tédio, finjo querer que ela se acelere.<br />Eu converso com o tempo, dissimulo, quando na verdade ele é o único confiável entre todos. Só confio no tempo. E mesmo assim, minto pra ele. Peço que ele corra, avance, me dê uma <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_3">carona</span> para que eu chegue mais rápido ao que desejo.<br />O tempo é bom comigo. Mas eu aprendi a ser uma <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_4">atriz</span>, <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_5">maquiada</span> de vermelho, como a vida.<br />Sou aquela que se solta do corpo, deita na água fingindo acreditar que é uma maré vermelha, mas ciente de que há correnteza, e ela me carrega.<br />Meus senhores, não confiem em mim.<br /><br /><br /><br />B.Brï Jordãohttp://www.blogger.com/profile/00514657799603572194noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2206716866288129156.post-27469157499700391402011-04-15T18:04:00.000-07:002011-04-15T18:09:05.170-07:00Bilhete à MamãeBom dia, Mamãe,<br /><br /><br />A essas horas estou longe.<br />Deixei meu celular sobre a cama<br />Deixei aberto o meu quarto<br /> Bebi teu licor<br /> Eu limpei minha vida<br /> Fiz um tipo de aborto<br /> Joguei a cópia da chave por debaixo da porta, que é pra não ter motivo de pensar numa volta<br /> A culpa não é sua, nem minha. Somos assim.<br /><br />Boa sorte,<br />Adeus.<br /><br /><br /><br /><br />B.Brï Jordãohttp://www.blogger.com/profile/00514657799603572194noreply@blogger.com3