Quem me conhece sabe que falar nunca foi um problema pra mim, e sim uma solução. Eu realmente não me importo em dizer o que penso, expressar-se por meio da fala, seja por uma crítica, um elogio, ou qualquer outro gênero de expressão, tornou-se necessário quando gestos já não valiam mais que mil palavras.
Quando falamos movimentamos cerca de uma dúzia de músculos da laringe. O ar que sai dos pulmões percorre os brônquios e a traqueia, chegando até a laringe, os músculos se contraem regulando a passagem do ar. Os movimentos fazem as cordas vocais vibrarem e produzirem sons. Chegando a boca, o som laringiano é articulado com a ação da língua, dos lábios, dos dentes, do véu palatino e do assoalho da boca.
A minha situação é que eu deixei de falar porque estava sendo torturada a cada palavra dita. Antes mesmo de alcançar o ar eu já lembrava que minhas opiniões repercutiriam em doses de críticas e reclamações sobre mim, a maioria delas baseada em uma palavra: Drama.
Eu também me acho dramática, creio que exagero muitas vezes nas demonstrações de sentimentos, talvez eu distorça a realidade, amplie tornando-a maior e mais grave do que realmente é. Mas fazer isso por mal, apenas para atuar, nunca foi intencional. Eu sentia, pensava, traduzia isso na minha mente e transformava em palavras... Isso é expressão.
Olhem esse blog! Tudo o que escrevo é desnecessário, são coisas que sinto e penso, é a minha expressão. E talvez seja mesmo, tudo, muito exagerado aqui. Cada palavra que digito poderia ter um tom menos agressivo, ou uma delicadeza mais acentuada. Mas seria eu a escritora? Eu acho que não.
E agora o que me sobrou foi uma dúvida de como agir. Se antes, falar, estava incomodando, eu me redimi, e já não falo mais. Mas me fechar aqui também não parece limpo.
B.
uma pessoa como voce não pode se calar.
ResponderExcluirO Drama nunca sai de moda, não esqueça!
ResponderExcluirIsso está fixo em mim. Deixá-lo seria negar uma das minhas maiores características- independente de ser um defeito, ou não.
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